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2 de nov. de 2010

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Dicas para não ficar de Recuperação

 Sempre vale aquele antigo ditado: melhor prevenir do que remediar. Mas será que dá mesmo para se safar da repetência aos 45 do segundo tempo? Os alunos que se esforçaram provam que sim, e professores e especialistas garantem que é possível, desde que haja uma força de vontade extra nesse período. “É preciso ver a recuperação como uma oportunidade a mais de aprender. Sempre é possível aprender, mesmo com pouco tempo. O adolescente tende a prorrogar o que não lhe agrada, vai empurrando para o segundo bimestre, o terceiro, o último... E aí, a recuperação é sua última chance”, observa a educadora Silvia Colello.

Para a psicopedagoga Isabel Parolin, a aprovação acontece, mas tudo vai depender do esforço do aluno e do professor. Na maioria dos casos, o aluno vai para recuperar a nota, e não para aprender o que não sabe, e o professor ensina como ele vai conseguir aquela média. Impossível recuperar um tempo não aproveitado. Só promovendo outro tempo e aproveitá-lo de verdade. O aluno precisa situar-se: o que vai fazer na escola? Quais os seus objetivos? Ele precisará motivar-se. A escola tem uma participação importante nisso, adverte.

Um artigo publicado no ano passado na revista científica “Neuron”, inclusive, mostra uma pesquisa feita com crianças que tinham dificuldades de leitura. Somente aquelas que foram submetidas a um período de recuperação escolar apresentaram um aumento da substância cerebral responsável pela compreensão de textos.

Segundo Silvia Colello, três coisas são fundamentais para recuperar o tempo perdido: motivação, determinação e “aprender a aprender”. Às vezes o aluno simplesmente não sabe como estudar. Cada campo possui suas exigências. Em matemática é preciso praticar, fazer cálculos e exercícios sem parar; em história, fazer resumos e linhas do tempo; em português, deve-se dedicar à leitura etc. O aluno precisa ser orientado a saber como acessar o conteúdo, explica.

Para isso, se aproximar do professor nessa hora vale muito! Recuperação não pode ser apenas uma obrigação. Deve-se aproveitar o tempo maior com o professor, indica.


Cortar o mal pela raiz

Isabel Parolin ressalta que o fato de um aluno se sair mal nas avaliações não, necessariamente, denuncia que ele não aprendeu nada. “O contrário também é verdade: o fato de tirar notas na média não quer dizer que ele aprendeu”. Por isso, é preciso primeiro entender o que levou a pessoa à recuperação. “Há diversas causas. Pode ser por desleixo (o aluno não fez as lições), falta de base (não havia um conhecimento prévio), falta de estudo e atenção ou dúvidas pontuais. Só dá para superar se atacarmos o problema na fonte, investigando as causas”, acrescenta Silvia.


Buscando soluções

Se você se identifica com uma dessas possíveis causas, procure solucioná-las. Primeiro, faça um balanço de como foi o processo de aprendizagem e o que deu errado. Se for o desleixo com as lições, concentre-se em fazer e entregar os trabalhos. Se não teve uma base anterior, descubra que conhecimento é este que falta e como poderá ter acesso a ele. Se faltou atenção e estudo, este é o momento para rever todo o conteúdo e se dedicar aos livros. Se houver apenas dúvidas específicas, some-as e tire-as diretamente com o professor.

Quem sofre de transtornos como déficit de atenção e hiperatividade deve fazer o mesmo. De acordo com a pedagoga Silvia Colello, distúrbios existem, mas são superestimados: “Atribuir a culpa a um problema do jovem às vezes é uma desculpa para a escola que não sabe ser atrativa. Vejo muitos que têm TDAH mas conseguem passar horas jogando, focados no videogame. O aluno não pode se conformar com rotulações e limites. Todos nós temos problemas. Mesmo os que tiram boas notas têm suas dificuldades e fraquezas”. O segredo, então, é ter consciência de sua fraqueza e lutar contra ela, mesmo que seja preciso pedir ajuda. Isabel frisa: “Uma pessoa aprende a prestar atenção”.

As pedagogas alertam que também é necessário buscar outro significado para o conteúdo. “Os estudantes devem descobrir que todo conhecimento tem seu mérito e sua beleza. Alguns fracassam simplesmente porque não alcançaram a importância do conteúdo estudado. Eles têm que entender que o conhecimento não permite somente passar de ano ou no vestibular. E tudo piora quando o método de estudo é a decoreba, sem a percepção da pertinência daquele assunto para o mundo em que vivemos”, destaca Silvia.


Como lidar com o estresse?

Quem está preocupado com uma provável repetência, naturalmente começa a sentir a pressão, seja do professor, da família ou de si próprio. Para amenizar o nervosismo, não fique pensando na recuperação como uma “punição”, mas como um incentivo, uma oportunidade.

“O estresse está ligado à atitude de alguém que não aprendeu ou não tem certeza se sabe o suficiente para ser testado”, esclarece Isabel. Silvia recomenda: “O melhor é não contar com a sorte na hora da prova, e sim com o esforço. Não ficar pensando ‘não pode cair tal matéria’. Se fizer sua parte, a prova será mais fácil”.



Fonte: Conexão Aluno

2 comentários:

Nil disse...

O blog está muito, com matérias interessantes e pertinentes. Parabéns!

Marroni Alves disse...

Obrigado Professora Vanilda espero que esse trabalho seja de agrado de todos!!!